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Veja aqui notícias, informações, curiosidades e novidades sobre assuntos abordados nesta quinta edição da Gincana Ambiental da Escola Estadual de Ensino Médio Castelo Branco, confira!



Parte da Amazônia pode virar savana, alerta WWF


Se a floresta amazônica se tornar um ambiente mais quente e mais seco, uma área de 30% a 60% pode se converter em um tipo de savana seca, de acordo com pesquisa realizada com apoio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e incluída em relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) divulgado nesta quinta-feira.

O relatório "Salvando as Maravilhas Naturais do Mundo de Mudanças Climáticas" foi compilado em antecipação à divulgação do segundo parecer do Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Segundo o documento do WWF, modelos sugerem que até 2050 as temperaturas na Amazônia vão aumentar entre 2 e 3 graus Celsius. "Ao mesmo tempo, uma diminuição nas chuvas durante os meses secos levará à seca generalizada."

Essas mudanças trazem graves conseqüências, diz o relatório. "O aumento projetado nas temperaturas e a diminuição da precipitação nos meses já secos podem resultar em secas longas e talvez mais graves, além de mudanças substanciais na sazonalidade."

A região é considerada uma das dez "maravilhas naturais" pela WWF, que diz que "o motor hidrológico da Amazônia tem um grande papel na manutenção do clima global e regional. A água liberada por plantas na atmosfera e por rios no oceano influencia o clima mundial e a circulação das correntes oceânicas".

O aquecimento do ambiente amazônico vai afetar água disponível, biodiversidade, agricultura e saúde humana, diz o relatório. "Ao lado de mudanças de utilização do solo, podemos esperar a degradação dos sistemas hídricos, perda de solos de valor ecológico e agrícola, diminuição na produção agrícola, aumento na infestação por insetos e propagação de doenças infecciosas.'

Emissões de CO2

Há preocupação de que a região amazônica acabe se tornando uma fonte, e não um agente na absorção de dióxido de carbono (CO2), e que seria um dos principais fatores no estímulo de mudanças climáticas.

"Atualmente, as florestas da Amazônia ainda são um reservatório para o CO2, apesar de cerca de 20% das emissões globais de CO2 partirem do desmatamento. Mas foi previsto que o aumento das temperaturas, diminuição de precipitações e a 'savanização' da Amazônia vão levar a região a se tornar uma fonte de CO2, ao invés de um reservatório."

Outras "maravilhas naturais" enumeradas no relatório incluem a Grande Barreira de Corais da Austrália, que "está ameaçada pelo aquecimento das águas, que provoca o branqueamento dos corais".

O rio Yang Tsé, na China, "enfrenta escassez de água na medida em que as geleiras do Himalaia continuam a diminuir".

"De tartarugas a tigres --do deserto de Chihuahua ao grande Amazonas--, todas estas maravilhas da natureza correm risco com o aquecimento global", disse Lara Hansen, cientista-chefe do Programa de Mudanças Climáticas do WWF.

"A adaptação às mudanças climáticas podem salvar alguns deles, mas só ação drástica de governos para reduzir as emissões podem dar esperança para impedir sua destruição completa."






Energias Renováveis: alternativa para salvar o planeta






Parques Eólicos de Osório, no RS, têm uma potência instalada de 150 megawatts (MW), sendo capaz de produzir 425 milhões de quilowatt-hora (kWh) por ano de energia - Crédito: Inês Arigoni

Se as energias de fontes renováveis alcançarem uma participação superior a 50% na produção de energia primária do mundo, até 2050, é possível conter o aquecimento global. Esta é uma das conclusões apresentadas pelo Relatório Especial sobre Energias Renováveis e Mitigação de Mudanças do Clima (SRREN), divulgado este mês pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas).

O Sumário Executivo do Relatório apresenta uma avaliação sobre os aspectos científicos, tecnológicos, ambientais, econômicos e sociais da contribuição que as fontes de energias renováveis têm na mitigação das alterações do clima. “O relatório destaca que as fontes renováveis são as que têm maior potencial e melhor custo para lidar com as mudanças climáticas. Isso porque não há limitações técnicas ou escassez de potencial no mundo, mas apenas uma série de barreiras políticas e econômicas que precisam ser modificadas para que se invista mais nas energias limpas”, declara Roberto Schaeffer, coordenador do capítulo sobre Potencial de Mitigação e Custos do relatório do IPCC e professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Dentre as principais características que relacionam as energias renováveis e o clima está o potencial de redução da emissão de dióxido de carbono (CO2) que as fontes limpas podem proporcionar: é possível reduzir entre 220 Gt (gigatoneladas) e 560 Gt, entre 2010 e 2050, utilizando essas energias. Ou seja, o crescimento da participação das renováveis no mundo podem levar a uma estabilização das emissões de gases de efeito estufa na faixa de 450 ppm (partes por milhão), limite previsto pelos cientistas como seguro, além do qual as mudanças do clima se tornam catastróficas e irreversíveis.

Panorama mundial

Mesmo com as barreiras políticas e econômicas ainda existentes, o quadro mundial das energias renováveis e sua possibilidade de expansão são vistos com otimismo pelos pesquisadores. Conforme Schaeffer, a tendência é de grande crescimento das renováveis, à medida em que se vão reduzindo as barreiras e obtendo conhecimento, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia na área. “Se atualmente, com poucos incentivos, já contamos com quase 13% de energias renováveis no suprimento de energia primária do mundo, é possível projetar que esse número venha a crescer nos próximos anos”, afirma. [Ver Gráfico 1
]



Gráfico 1: Contribuição das fontes de energia no abastecimento global em 2008. As energias renováveis representem quase 13% das fontes mundiais. No entanto, mais de 10% é ainda referente ao uso tradicional da biomassa (em cozinhas e aquecimento nos países em desenvolvimento). As hidrelétricas representam 2,3% e as outras renováveis somam 0,4%.

No cenário mais otimista, analisado pelo IPCC, as renováveis aparecem como fornecedoras de 77% das necessidades globais de energias primárias, ou seja contribuindo com 314 dos 407 exajoules consumidos. Embora a produção mundial de energia ainda esteja longe de alcançar esse número, um aumento da participação das fontes limpas já é percebido: dados do relatório mostram que, entre 2008 e 2009, dos 300 gigawatts (GW) de novas fontes de geração de energia disponíveis no mundo, 140 GW provinham de renováveis, como a eólica e solar.

“Além da questão da preocupação ambiental, o aumento da demanda por energia tem incentivado o crescimento das renováveis no mundo, isso tudo aliado a questão da segurança energética, pois ninguém quer ficar refém de um tipo de energia que não é segura. Assim, percebe-se um movimento mundial muito significativo de investimento na área, como por exemplo na China e nos Estados Unidos”, explica Suzana Ribeiro, uma das vice-presidentes do Grupo de Trabalho do IPCC que produziu o relatório e professora do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ.

Nesse cenário de crescimento, entretanto, não aparece a predominância de uma renovável sobre a outra, apenas um quadro de tendências. Das seis fontes analisadas (eólica, solar, biomassa, geotérmica, energias dos oceanos e hidrelétrica), estima-se que até 2050, as três primeiras sejam as que mais aumentem a sua contribuição global. Schaeffer justifica a estimativa explicando que “a biomassa, através dos biocombustíveis, a energia eólica e a solar são as que terão as maiores taxas de penetração mundial, pelas reduções de custos e ganhos de escala que já se observam” [Ver Gráfico 2]. Além disso, acrescenta, “a geotérmica tem um nicho de mercado particular, que no Brasil não é propício; as hidrelétricas têm limitações de espaços para crescer, já saturado em alguns lugares, e a energia dos oceanos ainda está no estágio mais embrionário, é uma tecnologia muito nova para chegar a se tornar mais importante em 40 anos”.


Gráfico 2: Custos de módulos solares (PV Modules) e plantas de energia eólica onshore relacionados a sua capacidade de produção de energia. É possível perceber que, com o passar do tempo, tanto o custo da energia solar quanto o da eólica vem diminuindo, ao passo que a capacidade de produção de energia (em megawatts) aumenta.

Panorama brasileiro

É possível observar uma tendência de crescimento, no mesmo sentido, quando se avalia o cenário brasileiro. Dados dorelatório Revolução Energética do Greenpeace, também considerados pelo estudo do IPCC, indicam o aumento das mesmas três fontes renováveis no país até 2050. “A eólica, a solar e a biomassa, nessa ordem, são as que mais tendem a se desenvolver aqui, principalmente pelo caráter descentralizado dessas fontes, com capacidade de geração de energia em várias partes do Brasil”, declara o coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, Ricardo Baitelo.

Mesmo com o aumento dessas outras fontes, Baitelo afirma que a hidrelétrica continuaria sendo a mais significativa na matriz energética brasileira, mas não pelo seu crescimento, e sim pela quantidade de usinas que já existem e as possibilidades de aumentar os seus potenciais.

Entre as limitações do desenvolvimento mais significativo de renováveis no país, conforme Schaeffer, está “o modelo de expansão da energia em forma de leilão. Assim, leva o dinheiro aquele empresário que oferecer a melhor tarifa, é uma lógica de mercado. Aí não se pensa tanto no meio ambiente, só no valor econômico. Se pensarmos a questão dos impactos ambientais em primeiro lugar, as renováveis que menos agridem, como a eólica e a solar, já seriam mais importantes e bastante incentivadas”.

Em relação ao panorama ainda limitado das energias dos oceanos, Segen Estefen, coordenador do capítulo que tratou desse tema no estudo do IPCC e diretor de Inovação da Coppe/UFRJ, garante que um dos problemas é o fato de haver uma cultura nacional de só utilizar determinada tecnologia quando ela ja está implantada no exterior. “O Brasil ainda parece ficar inibido na área tecnológica, ainda não valoriza o que é inovador. Mas tenho esperança no desenvolvimento que teremos com relação às tecnologias para aproveitamento da energia dos oceanos, já que todos os outros países ainda estão numa fase pré-comercial também”, avisa.

Estefen lembra, ainda, que quando se fala em energias dos oceanos se trata de diversas fontes limpas, que vão desde a energia das ondas, das marés, das correntes marítimas, até os gradientes de temperatura e de salinidade. Nesse aspecto, o Brasil estaria na frente de muitos outros países, já que tem um potencial para explorar qualquer uma dessas fontes.

“Se pensarmos em termos de ondas e de marés no país, temos aproximadamente uma potência de 15 GW, ou seja, uma capacidade maior que a da Usina Hidrelétrica de Itaupu. As energias dos oceanos mostram-se como uma oportunidade excepcional para o Brasil, pois além da potencialidade, já temos uma cultura de exploração econômica do mar, que vem das pesquisas na área do petróleo e gás”, enfatiza Estefen. Para o pesquisador, essas tecnologias existentes podem ser facilmente usadas para implementar as novas tecnologias de exploração de energias do mar. “Esse é o diferencial do país para atuar com sucesso na área. É preciso que nós possamos agir agora de forma estruturada para ter liderança no setor, antes que fique comercial e não consigamos mais nos estabelecer. É o grande desafio brasileiro”, conclui.

Outro desafio a ser enfrentado pelo país está relacionado à biomassa, mais precisamente à questão do etanol. Embora o biocomsbutível tenha aparecido como um grande exemplo em todas as análises do relatório, a produção brasileira não será suficiente para criar um mercado internacional efetivo. “Precisamos da participação de outros países na produção, pois o mundo não deverá apostar num biocombustível que é produzido em poucos lugares”, afirma Suzana.

Além disso, há problemas com a falta de fiscalização e controle do Governo Federal e seus órgãos no que diz respeito às usinas canavieiras. Pelo seu caráter de monocultura, a plantação de cana-de-açúcar tende a ocupar grandes áreas agrícolas – incentivando o desmatamento e contribuindo para degradação da Amazônia e Cerrado – bem como a utilizar mão-de-obra barata, praticamente escrava. Com intuito de melhor regular essas questões o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou, em 2009, o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar.

Contudo, Suzana afirma que o Relatório Especial só levou em conta o uso sustentável da biomassa, ou seja, aquele que aproveita resíduos agrícolas e urbanos e culturas dedicadas à produção de bioenergia e biocombustíveis, cujas práticas não desgastem o solo nem promovam o desmatamento. “Nesse panorama analisado, a biomassa tem capacidade de se destacar perante as outras, pois ela serve para gerar eletricidade, mas também para biocombustível, produção de bioplásticos etc. Soma-se a isso o fato de ela não ter o risco de ser intermitente, como as outras, por isso é muito promissora”, finaliza.[Ver Gráfico 3]


Gráfico 3: O custo da produção de etanol à base de cana-de-açúcar no Brasil. O gráfico relaciona o custo da produção do etanol e da cana-de-açúcar em relação à quantidade produzida. Apesar de pouca redução dos valores, em dólares, com o passar do tempo é possível produzir mais gastando menos.

Autora: Flávia Moraes.

Fonte: O Eco - http://www.oeco.com.br/reportagens/25074-energias-renovaveis-alternativa-para-salvar-o-planeta




Ecossistemas do Rio Grande do Sul


Mata Atlântica - Rio Grande do Sul



Originalmente, essa exuberante floresta tropical, que cobria um território pouco maior que 1.000.000 km2, espraiava-se pela costa do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando pelo interior em extensões variadas. A Mata Atlântica praticamente ocupava todo o Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, bem como parcelas significativas de Minas Gerais , Rio Grande do Sul e Mato Groso do Sul, logrando alcançar a Argentina e o Paraguai.
Infelizmente, desse imenso corpo florestal, que outrora cobria 12% do território brasileiro, restam apenas 9% de sua extensão original. Rios importantes para a economia regional e o meio ambiente, como o Paraíba do Sul, São Francisco, Doce e Jaquitinhonha encontram-se poluídos ou assoreados por causa dos sedimentos arrastados pela erosão do solo desprotegido de vegetação. Semelhante ao que ocorre com a Floresta Amazônica, a  Mata Atlântica  reúne formações vegetais diversificadas e heterogêneas. À primeira vista, podemos distinguir três tipos de florestas, diferentes em sua composição e aspectos florísticos, mas que guardam, porém, aspectos comuns: as ombrófilas densas, com ocorrência ao longo da costa; semideciduais e deciduais, pelo interior do Nordeste, Sudeste, Sul e partes do Centro-Oeste; as ombrófilas mistas (Pinheirais) do Sul do Brasil. Um dos motivos para preservar o que restou da Mata Atlântica é sua rica biodiversidade, varieade de plantas e animais. Calcula-se que nela existam mais de 800 espécies de aves, 180 anfíbios e 131 mamíferos, inclusive as quatro espécies de mico-leão que são exclusivos daquele ecossistema. 
Área total: aproximadamente 1.000.000 km2
Área total atual: aproximadamente 120.000 km2







Campos - Rio Grande do Sul



De maneira genérica, os campos da região Sul do Brasil são denominados como “pampas”, termo de origem indígena para “região plana”. Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo, mais encontrado ao sul do Estado do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.
Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana.
Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e a prática do fogo não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.
A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares. Nas áreas de contato com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação. São solos, em geral, de baixa fertilidade natural e bastante suscetíveis à erosão.
À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos um tapete herbáceo baixo – de 60 cm a 1 m -, ralo e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predominando gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Piptochaetium, Aristida, Melica, Briza. Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região. A mata aluvial apresenta inúmeras espécies arbóreas de interesse comercial.
Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.
A vocação da região de Campanha está na pecuária de corte. As técnicas de manejo adotadas, porém, não são adequadas para as condições desses campos, e a prática artesanal do fogo ainda não é bem conhecida em todas as suas conseqüências. As pastagens são, em sua maioria, utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da vegetação. Os campos naturais no Rio Grande do Sul são geralmente explorados sob pastoreio contínuo e extensivo.
Outras atividades econômicas importantes, baseadas na utilização dos campos, são as culturas de arroz, milho, trigo e soja, muitas vezes praticadas em associação com a criação de gado bovino e ovino. No alto Uruguai e no planalto médio a expansão da soja e também do trigo levou ao desaparecimento dos campos e à derrubada das matas. Atualmente, essas duas culturas ocupam praticamente toda a área, provocando gradativa diminuição da fertilidade dos solos. Disso também resultam a erosão, a compactação e a perda de matéria orgânica. 









10 paraísos naturais que podem sumir do mapa

Conheça os redutos naturais do planeta mais vulneráveis às mudanças do clima e ao aquecimento global. O levantamento é da ONG Co+Life, baseado no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU e no World Monuments Fund.













19/05/2011 - 11h35

Estudo questiona dados internacionais sobre extinção de espécies



O ritmo no qual os humanos empurram as espécies de plantas e animais para a extinção através da destruição de seu habitat é duas vezes menos lento do que se acreditava, revelou um estudo publicado na quarta-feira pela revista britânica "Nature", conceituada no meio científico.

De acordo com ele, a biodiversidade da Terra continua a diminuir devido ao desmatamento, às mudanças climáticas, à superexploração e ao lançamento de produtos químicos em rios e oceanos.

"Há evidências de que os humanos realmente estão provocando taxas de extinção extremas", disse um dos autores, Stephen Hubbell, professor de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA).
Mas importantes medições para perdas de espécies divulgadas em 2005 pela Avaliação de Ecossistemas do Milênio, das Nações Unidas, e pelo relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), em 2007, baseiam-se em métodos "fundamentalmente falhos" que exageram o risco de extinção, disseram os pesquisadores.
A "lista vermelha" de espécies ameaçadas da IUCN (sigla em inglês para União Internacional para a Preservação da Natureza), outra referência para tomadores de decisões, também é passível de revisão, afirmou.
"Basedos em provas matemáticas e dados empíricos, nós demonstramos que as estimativas anteriores deveriam ser divididas aproximadamente por 2,5", disse Hubbell à imprensa, por telefone.
"É uma boa notícia saber que temos algum tempo para salvar espécies. Mas não é uma boa notícia porque precisamos refazer um grande volume de pesquisas que foram feitas incorretamente", acrescentou.


DADOS CONFLITANTES



Até agora, os cientistas afirmavam que as espécies desaparecem a um ritmo de cem a mil vezes, a chamada "taxa de referência" --taxa média de extinções ao longo da história da vida na Terra.

Relatórios da ONU têm alertado que estas taxas serão multiplicadas por dez nos próximos séculos. E o novo estudo questiona essas estimativas. "O método precisa ser revisto. Não está correto", disse Hubbell.

A pergunta que se faz é por que a ciência errou por tanto tempo? Como é difícil medir diretamente taxas de extinção, os cientistas usam uma abordagem indireta denominada "relação espécie-área".

Este método começa com o número de espécies encontradas em uma dada área e, então, são feitas estimativas de como este número aumenta à medida que a área se expande.

Para descobrir quantas espécies permanecerão quando a quantidade de terra disponível diminuir, devido à perda de habitat, os cientistas simplesmente revertem os cálculos.
Mas o estudo, co-assinado por Fangliang He, da Universidade Sun Yat-sen, em Guangzhou (China), demonstra que a área exigida para remover toda a população é sempre maior --normalmente muito maior-- do que a área necessária para se fazer contato com uma espécie pela primeira vez.
"Não se pode simplesmente reverter o processo para calcular quantas espécies devem permanecer quando a área for reduzida", disse Hubbell.
Contudo, isto é precisamente o que os cientistas têm feito por quase 30 anos, evidenciando uma discrepância gritante entre o que os modelos previram e o que foi observado na terra ou na água.
A ação do homem é a principal causa de extinção de espécies. Apenas 20% das florestas ainda se encontram em estado selvagem e quase 40% das terras livres não congeladas do planeta são usadas na agricultura.
Acredita-se que três quartos de todas as espécies vivam em florestas tropicais, como a Amazônica,que também passam por processos de degradação.








30/05/2011 - 09h16

Emissões batem recorde e ameaçam meta de combate a aquecimento


As emissões internacionais de gases responsáveis pelo efeito estufa bateram um recorde histórico em 2010, colocando em dúvida o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global em menos de dois graus, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira pela AIE (Agência Internacional de Energia).
Segundo a agência, as emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás-estufa, cresceram 5% no ano passado em relação ao recorde anterior, em 2008.
Em 2009, as emissões haviam caído graças à crise financeira global, que reduziu a atividade econômica internacional.
A agência estimou ainda que 80% das emissões projetadas para 2020 no setor de energia já estão comprometidas por virem de usinas elétricas atualmente instaladas ou em construção.
"O significativo aumento das emissões de CO2 e o comprometimento das emissões futuras por conta de investimentos de infraestrutura representam um grave revés para nossas esperanças de limitar o aumento global da temperatura para não mais de 2 graus Celsius", afirmou Faith Birol, economista-chefe da AIE e responsável pelo relatório anual da entidade World Energy Outlook.


LIMITE


A meta de limitar o aumento global das temperaturas médias em dois graus foi estabelecida durante a conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada em Cancún, México, em 2010.
O limite se baseou em um relatório técnico que indicava que, se a temperatura global aumentasse acima de dois graus, as consequências poderiam ser irreversíveis e devastadoras.
Segundo cálculos da AIE, a quantidade de CO2 emitida no mundo atingiu 30,6 gigatoneladas no ano passado, um aumento de 1,6 gigatonelada em relação a 2009.
A AIE estimou que, para limitar o aquecimento dentro dos limites aceitáveis, as emissões globais não devem ultrapassar as 32 gigatoneladas até 2020.
Se o crescimento das emissões de 2011 se igualar ao do ano anterior, esse limite já terá sido ultrapassado nove anos antes do prazo.
"O mundo chegou incrivelmente perto do limite de emissões que não deveriam ser alcançadas até 2020 para a meta de dois graus ser atingida. Dada a redução do espaço para manobras até 2020, ao menos que decisões fortes e decisivas sejam tomadas logo, será extremamente difícil conseguir alcançar a meta global acertada em Cancún", diz Birol.
Segundo a AIE, os países considerados desenvolvidos foram responsáveis por 40% das emissões totais em 2010, mas responderam por apenas 25% do crescimento global das emissões.
Países em desenvolvimento, principalmente China e Índia, registraram um aumento muito maior de suas emissões, acompanhando seu crescimento econômico acelerado.
Quando consideradas as emissões per capita, porém, os países desenvolvidos tiveram uma emissão média de dez toneladas por pessoa, enquanto na China foram 5,8 toneladas per capita e, na Índia, 1,5 tonelada.

Fonte: Folha.com -