A primeira ação de conscientização ambiental, realizada há 39 anos, em Estocolmo, por iniciativa da ONU se tornou o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). Essa data, antes de remeter à preservação da natureza, se refere principalmente à conscientização do uso racional dos nossos recursos naturais a fim de garantir a manutenção do nosso planeta. Hoje, é cada vez mais importante ter ciência de que atitudes sustentáveis visam preservar a própria existência humana, afinal, o mundo é a nossa casa.
Meio Ambiente no Brasil
O Brasil, apesar de ser uma potência ambiental, ainda tem muito à aprender, pois o cenário não é dos melhores: desmatamento, tragédias naturais geradas pelo crescimento desmedido em conjunto com a falta de planejamento público entre outros problemas sérios, refletem a falta de um real engajamento do país, mesmo diante de tantas mudanças climáticas sinalizando a importância de tais medidas. Por tudo isso, o Dia Mundial do Meio Ambiente se torna o momento ideal para multiplicar ações que possam contribuir para a mudança dessa realidade imediatamente. Se informar a respeito das políticas públicas sobre o meio ambiente, questionar as atividades que ajudam a piorar o quadro atual e adotar atitudes sustentáveis na rotina individual são posições que devemos ter perante a nossa sociedade. E essa educação começa em casa.
Embora sejamos um país rico em recursos naturais, os problemas que enfrentamos se deve a um mau planejamento e falta de educação quanto ao seu uso. A água é um deles. Embora tenhamos uma das maiores reservas de água potável no mundo, desperdiçamos cerca de 40% dela, destinada ao consumo humano. Portanto, o uso racional de água é uma das mudanças mais importantes a ser incorporada no cotidiano do brasileiro.
Dia Mundial do Meio Ambiente: como mudar de estilo de vida?
De acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas), as florestas cobrem 31% da superfície do planeta. São áreas onde moram 300 milhões de pessoas – equivalente a uma população e meia do Brasil – e da qual são dependentes diretos 1,6 bilhão de pessoas.
O recado das Nações Unidas, de acordo com o Instituto Akatu, "é tão direto quanto urgente": para salvar as florestas, é necessário que todos os indivíduos mudem seu estilo de vida.
"Individualmente, o cidadão pode fazer escolhas inteligentes sobre quais produtos comprar, consumindo apenas itens procedentes de recursos sustentáveis", afirma a entidade. "Isso engloba verificar de onde vêm os móveis, a madeira, o papel, a carne, o óleo de soja e outros produtos que você compra no dia a dia, para ter certeza de que são produzidos de maneira legal".
Atitudes pelo ambiente e a sociedade
As ações podem ser feitas de várias formas e por vários mecanismos. Em caso de dúvida, o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) apontou algumas dicas que consumidores, famílias, comunidades de bairro, escolas, empresas e ONGs podem realizar:
- Organizar um mutirão de limpeza no bairro;
- Usar sacolas reutilizáveis e motivar os conhecidos a fazer o mesmo;
- Plantar árvores ou, se possível, realizar um esforço coletivo de plantio;
- Caminhar até o trabalho;
- Reciclar e incentivar outras pessoas a reciclarem também.
"A redução nos padrões de produção e consumo impacta diretamente nas florestas", explica o Instituto Akatu, "porque pressiona menos pelo desmatamento para retirar recursos e madeira e para abrir fronteiras agropecuárias".
No caso das empresas, a entidade aponta a necessidade de investimento em inovação e economia verde, e na "limpeza" da cadeia produtiva. "Evitar produtos de áreas de desmatamento ou ilegais e combater práticas como o trabalho infantil ou escravo são ações diretas que contribuem para a sustentabilidade das áreas de floresta".
Data comemorativa
O Dia Mundial do Meio Ambiente, realizado desde 1972, é o principal meio pelo qual as Nações Unidas promovem atividades de conscientização em todo o mundo, para preservar o meio ambiente.
O Pnuma criou um site para comemorar a data (www.unep.org/portuguese/wed) e convida a comunidade mundial a tomar atitudes para proteger e preservar os recursos florestais e fazer a transição para uma economia verde.
Nos últimos seis anos, os temas foram biodiversidade (2010), combate às mudanças climáticas (2009), economia de baixo carbono (2008), degelo polar (2007), desertificação (2006) e cidades verdes (2005).
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